O Orixá Oxumaré é o símbolo da continuidade e da permanência. É a cobra arco-íris, representa a riqueza e a fortuna. Rege o princípio da multiplicidade da vida e o transcurso entre variados destinos. Mas, isso ainda é pouco, venha com a gente aprender um pouco mais sobre esse poderoso Orixá !
Saiba agora quem é o Orixá Oxumaré
O Orixá Oxumaré também pode ser conhecido como Òsùmàrè. Ele é o Orixá de todos os movimentos e ciclos. Ele coordena o dinamismo dos movimentos da Terra, portanto, se um dia ele viesse a perder suas forças, o mundo acabaria. É preciso que o planeta não deixe de se movimentar e Oxumaré está como o responsável principal pelos movimentos de rotação e translação. Seus ciclos são os movimentos do mundo.
Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar seus filhos por meio do arco-íris. Ele é uma grande cobra envolvendo a Terra e o céu, assegurando a renovação da Terra por meio dos seus ciclos.
A história do Orixá Oxumaré começa quando ele é dito como filho de Nanã Buruku e tem origens em Mahi, no antigo Daomé. Ali, é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá, aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé.
Em sua representação de ciclos, ele é homem e mulher. O ciclo da vida junta o masculino e é dessa forma que a vida se perpetua, ainda que Oxumaré seja um Orixá masculino.
Assim, Oxumaré pode se configurar como um deus ambíguo, que pertence à água e à terra, que gira e faz com que os ciclos façam a Terra e a natureza continuarem seus ciclos. Ele é a união dos opostos, sintetizando a mortalidade corporal e a imortalidade espiritual de cada um de nós. Oxumaré é transformação.
O irmão mais velho de Oxumaré é Omulú, que foi abandonado pela mãe ao ter nascido com o corpo cheio de feridas. E esse era um costume comum da época, quase uma obrigação largar no meio do caminho as crianças com deformidades.
De forma oposta ao seu irmão, Oxumaré nasceu com muita beleza, tão bonito quanto o arco-íris. Por isso, passou a viver no alto, percorrendo o mundo sem parar e transformando os ciclos da vida em algo necessário.
Filhos do Orixá Oxumaré
Os filhos de Oxumaré estão sempre passando por processos de renovação e mudança. De tempos em tempos, costumam passar por mudanças radicais em suas vidas, sejam elas em casa, religião, amigos, relacionamentos, ou mesmo no trabalho.
O que importa é que os filhos do Orixá Oxumaré costumam seguir o Orixá como renovação de ciclos e modificam tudo o que está ao seu redor, sem se importar com as consequências que isso pode trazer, pois é algo necessário para eles.
Os filhos de Oxumaré costumam ser magros. Tais como cobras, possuem olhos atentos, salientes e difíceis de encarar, mas, ainda assim, não enxergam. São presos a bens materiais e costumam ostentar suas riquezas, por isso, tornaram-se orgulhosas, exibicionistas, mas, por outro lado, são generosas e desprendidas nos momentos de ajudar os próximos.
Possuem agilidade e atividade comum de quem entende os diversos ciclos da vida. Não podem parar, a ação é constante em suas vidas. São pessoas pacientes e lutam por todos os seus objetivos até o fim de suas forças.
Nada lhes tira as forças para que ele consigam seus objetivos e as guinadas em suas vidas não lhe tiram as forças. Suas mudanças radicais são a principal característica, pelas quais consegue se identificar a legitimidade de um filho de Oxumaré.
Características de Oxumaré
Cada Orixá possui o seu dia e o de Oxumaré são as terças-feiras. Com relação as cores, ele se manifesta principalmente entre o amarelo e verde ou preto, mas está com forte presença em todas as cores do arco-íris, onde vive.
Seus símbolos são ebiri, serpente, círculo e bradjá. Os elementos de Oxumaré são o céu e a terra. Domina a riqueza, vida longa, ciclos e movimentos constantes. Até porque, ele sempre está diante das movimentações diárias que fazem as mudanças de ciclos acontecerem na terra.
A saudação a Oxumaré: A Run Boboi!
Sincretismo de Oxumaré
O Orixá Oxumaré faz sincretismo com São Bartolomeu. São Bartolomeu pregou o cristianismo em diversos lugares, como a Índia. Foi morto como um mártir ao ter toda a pele esfolada por um rei que não admitia a pregação do cristianismo em seu reinado, a cidade de Albanápolis.
O santo católico é homenageado por seus fiéis no dia 24 de agosto, mesma data na qual os filhos de Oxumaré prestam celebrações especiais a seu Orixá.
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