Toda vez que um novo Papa é eleito, a Profecia de São Malaquias ressurge, despertando curiosidade e mistério. Em 2025, após a escolha de Leão XIV, o assunto voltou a ocupar manchetes e redes sociais. A dúvida é sempre a mesma: será que chegamos ao fim da lista profética dos papas?
Neste artigo, o Astrocentro traz o contexto histórico dessa profecia, as interpretações que surgiram ao longo dos séculos e uma leitura espiritual atual, sem alarmismo, mas com profundidade e sabedoria.
O que é a Profecia de São Malaquias
A chamada Profecia dos Papas é uma lista com 112 lemas em latim que, supostamente, descrevem as características de cada Papa desde Celestino II, eleito em 1143. Cada lema é breve e simbólico, como “Da metade da lua” ou “Do trabalho do sol”, e teria sido escrito por São Malaquias, bispo irlandês do século XII, durante uma viagem a Roma.
Segundo a tradição, ele teria recebido uma visão com os nomes dos papas futuros e entregado o manuscrito ao Vaticano. O texto, porém, só foi conhecido publicamente séculos depois, o que levanta dúvidas sobre sua origem.
Como e quando a profecia de São Malaquias foi descoberta
O manuscrito apareceu pela primeira vez em 1595, publicado pelo monge beneditino Arnold Wion dentro de seu livro Lignum Vitae. Ele afirmava ter encontrado o documento nos arquivos secretos do Vaticano.
Desde então, estudiosos, religiosos e curiosos discutem se o texto é uma revelação divina, uma coincidência ou uma falsificação inteligente. A ausência de registros anteriores reforça a hipótese de que a lista possa ter sido criada no próprio século XVI.
O que diz o texto
Cada lema da profecia foi associado a um Papa da história. Até o século XVI, as descrições parecem coincidir de forma impressionante com os pontífices reais. Depois disso, as frases se tornam mais genéricas e abertas à interpretação.
O último lema, que fala de “Petrus Romanus”, ou “Pedro, o Romano”, descreve o pastor que conduzirá o rebanho em tempos de grande tribulação antes da destruição da cidade das sete colinas, referência a Roma.
Quem foi São Malaquias
São Malaquias nasceu em 1094, na Irlanda, e se tornou arcebispo de Armagh, o mais alto posto da Igreja em seu país. Era conhecido por sua fé profunda e por seu desejo de reformar a Igreja local, aproximando-a das tradições romanas. Homem de oração, dedicou a vida a restaurar a disciplina religiosa e a fortalecer o espírito comunitário. Faleceu em 1148, em viagem à França, e foi canonizado em 1190.
Curiosamente, nenhum registro contemporâneo menciona a profecia. Nem mesmo São Bernardo de Claraval, seu amigo e biógrafo, fez referência ao texto. Essa ausência alimenta o ceticismo histórico, mas também o fascínio espiritual, pois muitos acreditam que visões proféticas possam ter sido ocultadas para proteger a Igreja de interpretações perigosas.
O legado espiritual de São Malaquias
Além de um possível profeta, Malaquias é lembrado como um homem de fé que acreditava na transformação interior como caminho para a graça divina. Sua história ensina que a verdadeira profecia pode estar menos nas palavras escritas e mais na capacidade humana de perceber os sinais sutis da espiritualidade.
A profecia é verdadeira ou uma fraude
Os historiadores modernos consideram que o texto provavelmente foi escrito no século XVI. As coincidências exatas até aquele período e as descrições vagas a partir dali indicam uma construção posterior, feita a partir de registros já existentes sobre a história da Igreja.
Essa teoria é conhecida como vaticinium ex eventu, ou “profecia após o fato”. O autor teria descrito papas anteriores com precisão para depois criar frases ambíguas sobre os futuros, garantindo que pudessem se encaixar em qualquer pontífice.
O que diz a Igreja Católica
A Igreja nunca reconheceu a profecia como autêntica. Teólogos e estudiosos católicos afirmam que ela é um documento apócrifo, sem valor profético real. Ainda assim, a Igreja respeita o interesse que ela desperta, pois entende que o ser humano busca significado para os grandes ciclos da vida e da história.
A posição mais comum é que a sucessão papal é conduzida pela ação divina e não por previsões humanas. Em outras palavras, a fé deve prevalecer sobre o medo.
Leão XIV e o mito do “último Papa”
Em 2013, quando Bento XVI renunciou, muitos acreditaram que o próximo Papa, Francisco, seria o “último” descrito na lista. Isso porque o lema anterior, “Gloria Olivae”, foi atribuído a Bento XVI, seguido do misterioso “Petrus Romanus”. Entretanto, a lista nunca afirmou que o número de papas seria limitado. Não há contagem exata que confirme quantos pontífices ainda restariam. Por isso, a chegada de Leão XIV em 2025 apenas reforça o caráter simbólico da profecia.

Leão XIV é o último Papa?
Não. Segundo o próprio texto, “Petrus Romanus” seria o pastor que enfrentaria tempos de provação, e não há qualquer menção direta a um nome ou data específica.
Muitos estudiosos interpretam que “Pedro, o Romano” representa o espírito de Pedro, o primeiro Papa, simbolizando uma volta às origens da fé e da simplicidade evangélica. Assim, a profecia não fala sobre o fim do mundo, mas sobre uma mudança de consciência.

Leitura espiritual: o que a profecia de São Malaquias representa?
Lida de maneira simbólica, a Profecia de São Malaquias fala sobre transformação. Cada Papa seria um reflexo das forças espirituais que movem o mundo naquele tempo. “Petrus Romanus” não seria um homem específico, mas um arquétipo do líder espiritual que conduz a humanidade em momentos de crise, lembrando que a fé pode renascer das cinzas.
Em vez de prever destruição, a profecia pode estar nos convidando a compreender que todo fim é também o início de algo novo. A destruição de Roma, nesse sentido, pode simbolizar a queda de antigas estruturas de poder e o surgimento de uma espiritualidade mais autêntica e compassiva.
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Fé e discernimento caminham juntos
Em momentos de incerteza, é natural que profecias chamem atenção. No entanto, é importante lembrar que o destino não está escrito em pedra. O ser humano é capaz de mudar o rumo das coisas por meio de escolhas conscientes.
O verdadeiro sentido espiritual da profecia é lembrar do poder da fé, da esperança e da transformação pessoal – não deve ser algo que paralisa ou dá medo.
Perguntas frequentes sobre a Profecia de São Malaquias
A profecia de São Malaquias fala sobre o fim do mundo?
Não de forma literal. A linguagem apocalíptica usada na Idade Média representava crises espirituais e sociais, não destruição física. O “fim” simboliza o encerramento de um ciclo coletivo e o início de outro, como acontece em tantas tradições religiosas.
A profecia de São Malaquias inclui antipapas?
Algumas versões da lista incluem antipapas, líderes que disputaram o trono de São Pedro em períodos de divisão na Igreja. Essas variações explicam por que há contagens diferentes (111, 112 ou 113 lemas) e tantas interpretações distintas.
Por que o tema sempre volta à mídia
Porque cada novo pontificado desperta fascínio e expectativa. A Igreja é uma das instituições mais antigas do mundo, e qualquer mudança em sua liderança simboliza, para muitos, a renovação da própria humanidade.
Além disso, o mistério alimenta a imaginação. É natural que, diante das incertezas do presente, as pessoas busquem respostas em histórias antigas que falam de fé e destino.
Como lidar com a ansiedade causada pela profecia
A Profecia de São Malaquias continua a intrigar, mas seu valor talvez não esteja na previsão, e sim na mensagem espiritual que inspira. Ela lembra que a fé é cíclica e que a esperança se renova sempre que o ser humano escolhe acreditar no bem e agir com consciência.
Se essa profecia desperta algo em você, como curiosidade, dúvida ou necessidade de orientação, procure um Especialista do Astrocentro. Um Tarólogo, Numerólogo ou Astrólogo pode ajudar a compreender o que os símbolos revelam sobre este momento da sua vida, sem medo e com sabedoria
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Sou a Samira Rhein, redatora do Astrocentro. Sou apaixonada pelo universo místico e pela força transformadora das palavras. Há mais de 10 anos, venho explorando a comunicação de forma sensível e acolhedora, tornando a espiritualidade mais próxima e acessível para quem busca respostas. Gosto de escrever com profundidade, sempre com o desejo de iluminar caminhos e abrir portas para o autoconhecimento. Afinal, acredito que cada frase pode despertar a magia que existe dentro de cada um de nós.

