As mulheres podem (e devem) se apoiar, sim! Sororidade é sobre isso. E, mesmo que você ainda não conheça bem o significado desse conceito e sua importância para a sociedade, hoje vamos te explicar como essa irmandade ajuda a mudar o mundo. Positivamente, claro!
No post de hoje, falaremos sobre empoderamento feminino, quebra de competitividade destrutiva, maternidade nas empresas e, em especial, combate à violência do gênero e cultura de estupro. Por sinal, isso tudo se relaciona com o feminismo, sabia?
Continue conosco para entender o que é sororidade e sua relação com o feminismo, a importância das mulheres apoiando mulheres e como formar (ou contar com) uma rede de apoio. E mais: veja 3 obras especialmente dedicadas ao público feminino!
Afinal, o que é sororidade?
Sororidade é, basicamente, solidariedade entre mulheres, ajudando a combater a violência e opressão da sociedade patriarcal. Esse termo vem do latim “sóror”, que se traduz como “irmãs”, em referência à relação de irmandade, união, empatia e ajuda mútua entre garotas, evitando julgar outras de nós ou não ouvir suas reivindicações com respeito e consideração.
Essa é uma prática ética e política da cultura feminista, mas já voltaremos nesse ponto para explicar o que é feminismo. Antes disso, listamos alguns exemplos dos princípios da sororidade para facilitar o entendimento do conceito (e mostrar como apoiar a mulherada).
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Princípios da sororidade
- Preservar os direitos das mulheres, inclusive os direitos reprodutivos, de modo que cada uma decida se quer engravidar ou não, sem julgamento ou pressão social.
- Combater a violência de gênero e cultura do estupro, resistindo à opressão do patriarcado ao denunciar abusos e fazer pressão pela criação de redes de proteção.
- Contribuir para que mais mulheres estejam em espaços de poder nas esferas pública (deputadas, governadoras…) e privada (executivas, gestoras…).
- Trabalhar pela igualdade de oportunidades e apoiar a maternidade nas empresas, estimulando a equidade de gênero e a valorização da parentalidade.
- Empoderar mulheres profissionalmente, com mentoria, networking e indicações para vagas de emprego, o que ajuda a reduzir a desigualdade no mercado de trabalho.
- Quebrar a competitividade destrutiva, incentivando que a gente possa colaborar em vez de rivalizar, visto que somos mais fortes juntas do que estando separadas.
- Promover redes de apoio para suporte emocional, psicológico e acesso a serviços, com ambientes de apoio mútuo, o que reduz o isolamento e melhora o bem-estar.
- Fomentar bons exemplos para as próximas gerações ao criar um ciclo virtuoso que inspire as meninas a crescer mais confiantes, seguras e empoderadas desde cedo.
Mas o que é feminismo?
Feminismo é um movimento social, filosófico e político que busca a igualdade de direitos e oportunidades, o que também se reflete nas condições de vida e trabalho. Vale lembrar que, historicamente, a sociedade patriarcal privilegia os homens, em detrimento das mulheres.
Aliás, se você acha que somos a minoria, é hora de rever seus conceitos. No Brasil, temos 6 milhões de mulheres a mais do que homens, segundo o Censo do IBGE. Porém, (ainda) não estamos em espaços de poder, o que faz com que as leis sejam feitas por (e para) homens.
Quer saber mais sobre isso? Dê o play neste vídeo para entender a relação entre o machismo e a desigualdade na política, além de ter insights sobre como a sororidade pode mudar esse jogo!
Mulheres apoiando mulheres: como colocar em prática?
Uma das bases da sororidade é o apoio mútuo. Isso inclui: compartilhar conhecimentos, valorizar o trabalho de outras mulheres, votar em candidatas, ouvir (sem julgar) as dores da colega, sobretudo se esta veio de um ambiente de violência doméstica e assim por diante.
Também é importante ter ambientes seguros para que possamos trocar experiências e ajudar umas às outras nos momentos de sobrecarga (que não são poucos). Por exemplo, as mães que trabalham fora precisam de um tempo para si mesmas sem as crias, certo?
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Como participar de uma rede de apoio para acolher ou ser acolhida?
Além de ligar para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) em caso de violência, você pode procurar as redes de apoio que já existem. Por sinal, o Mapa do Acolhimento tem espaço para aquelas que precisam ser acolhidas ou querem ser voluntárias.
Outro exemplo de sororidade é o projeto Justiceiras, que oferece orientação jurídica, médica, psicológica e socioassistencial. Essa é uma rede de apoio gratuita, que também oferece acolhimento on-line, assim como aceita voluntárias nessa iniciativa pró-mulher.
Bônus: 3 obras feitas por mulheres para servir de inspiração
Não poderíamos falar sobre sororidade sem citar a importância de valorizar os trabalhos feitos por mulheres incríveis, que servem de inspiração para nossas lutas diárias. Vale a pena consumir todo tipo de produção feminina, a começar pelas obras indicadas abaixo!
1. O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir
Escrito pela filósofa e ativista Simone de Beauvoir, O Segundo Sexo é uma referência para o feminismo, sendo um dos primeiros (se não o primeiro) a abordar a teoria de gênero. Além de analisar a condição da mulher na sociedade, a obra ainda fala do prazer feminino.
2. O Calibã e a Bruxa de Silvia Federici
Já pensou na relação entre a caça às bruxas e o capitalismo, que contribuiu efetivamente para a construção de um regime patriarcal? Pois a filósofa Silvia Federici não apenas pensou, mas publicou uma das obras fundamentais do feminismo: O Calibã e a Bruxa.
3. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano de Lélia Gonzalez
Valorizando a cena nacional, não deixe de ler as reflexões de Lélia Gonzalez sobre as lutas antirracistas e antisexistas na obra Por um Feminismo Afro-Latino-Americano. A filósofa, antropóloga e ativista aborda o feminismo, o racismo e a opressão contra mulheres negras.
E então, gostou de conhecer mais sobre a relevância da sororidade, o que beneficia a sociedade como um todo, em termos de diversidade, inclusão e equidade? Aproveite que está aqui no blog do Astrocentro e confira mais alguns posts que enaltecem a mulherada!
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Vamos juntas, hoje e sempre! #GirlPower