Iemanjá, a rainha do mar, é um orixá muito conhecido no Brasil. A padroeira dos pescadores é muito aclamada em nossa cultura por conta das nossas raízes africanas, tanto que sua história influencia contos, músicas, novelas e até filmes.
Por conta de toda essa influência, muitas cidades no Brasil, principalmente Salvador, na Bahia, determinaram feriado em sua homenagem. Dia 2 de fevereiro, anualmente, é celebrada a Festa de Iemanjá.
Apesar de ser uma festa que reúne multidões, não é um feriado nacional. São poucos estados que comemoram esta data. É uma tradição mais presente nas cidades do litoral brasileiro.
Anualmente, fiéis se reúnem nas praias (principalmente Bahia e Rio de Janeiro) para comemorar a Festa de Iemanjá vestidos de branco, carregando suas oferendas que são oferecidas a rainha do mar, sempre acompanhadas de um pedido ou agradecimento.
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Inicialmente, em 02 de fevereiro, era celebrado o dia da Nossa Senhora da Conceição pela Igreja Católica. Porém, por conta das fortes ligações com os escravos e com o crescimento da Umbanda no país, a data em homenagem a Iemanjá ganhou força.
Nos anos 60 a Igreja tentou combater esta celebração, declarando que sua realização era uma adoração a um deus pagão e tentou desvincular a comemoração no mesmo dia em que uma festa sua era celebrada. Mesmo assim, a força das religiões com descendência africana (Umbanda e Candomblé) fez com que a Festa de Iemanjá permanecesse no mesmo dia.
A maior Festa de Iemanjá, que ocorre no Brasil desde 1974, é no bairro Rio Vermelho em Salvador, na Bahia. A praia do Rio Vermelho é local de encontro de milhares de fiéis para celebrar o dia da rainha do mar.
A festa é iniciada através de uma procissão que percorre as ruas até o bairro do Rio Vermelho. Lá são realizadas orações e canções em homenagem a Mãe de Todos os Orixás. Em seguida, os devotos colocam bilhetes com pedidos e agradecimentos em pequenas cestas.
As cestas são entregues aos pescadores que, por volta das 16h, carregam seus barcos com flores e diversos presentes e partem. Eles partem então em cortejo que dura algum tempo de navegação e, em seguida, lançam os objetos ao mar. Após esse ritual, os devotos que estavam na praia jogam flores, perfumes, velas e champanhe ao mar.
Mesmo pessoas que não são devotos ou desconhecem a história de Iemanjá acabam participando da festa. Eles partem do princípio que não tem nada a perde e que esta celebração tem finalidade de agradar a rainha do mar, o que pode abençoar os pescadores.
A capital fluminense segue um calendário com duas datas distintas. Uma estabelecida pelos adeptos do Candomblé, que segue no dia 02 de fevereiro. Já os praticantes da Umbanda celebram a Festa de Iemanjá em 08 de dezembro. Nas duas datas são realizados os mesmos rituais com pessoas lotando as praias com suas oferendas e orações em homenagem a deusa. Durante a passagem de ano, em 31 de dezembro, também é tradição dos moradores do Rio de Janeiro ir às praias para pular 7 ondas. Entenda aqui este ritual.
A tradição em São Paulo é forte na Baixada Santista e cidades do litoral sul. Assim como no Rio de Janeiro, eles também celebram em duas datas respeitando as tradições da Umbanda e do Candomblé. Repetindo em 31 de dezembro os rituais de passagem de ano.
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